Quais exames preciso fazer estando grávida? Conheça os exames mais comuns na medicina fetal

Roman Lebedev
Roman Lebedev
Dra. Thaline Neves Coutinho

A medicina fetal desempenha um papel fundamental no acompanhamento da saúde do bebê durante a gestação. Conforme destaca a Dra. Thaline Neves Coutinho, essa área é responsável por avaliar o desenvolvimento fetal, identificar possíveis alterações e orientar os cuidados necessários ainda no útero. Para isso, alguns exames são indispensáveis, especialmente por permitirem o diagnóstico precoce de possíveis complicações. Em seguida, veremos quais são os exames mais comuns na medicina fetal, como eles funcionam e a importância de cada um para garantir uma gestação mais segura e saudável.

O que é a medicina fetal e qual sua importância?

A medicina fetal é uma área que se dedica ao acompanhamento detalhado do desenvolvimento do bebê dentro do útero. De acordo com Thaline Neves Coutinho, essa especialidade permite avaliar não apenas o crescimento fetal, mas também detectar malformações, síndromes genéticas e outras condições que possam comprometer a saúde do feto ou da gestante.

Aliás, os avanços tecnológicos na área permitiram que muitos problemas fossem identificados ainda nas primeiras semanas de gravidez. Com isso, é possível planejar intervenções, tratamentos ou, até mesmo, o acompanhamento de perto para evitar complicações mais graves. Dessa forma, a medicina fetal oferece tranquilidade aos pais, pois possibilita monitorar cada etapa da formação do bebê, garantindo segurança e cuidados individualizados durante toda a gestação.

Quais são os exames mais comuns na medicina fetal?

Entre os exames mais utilizados na medicina fetal, alguns se destacam pela capacidade de fornecer informações detalhadas sobre a saúde do bebê e da gestante. A seguir, conheça os principais.

Ultrassonografia morfológica: por que é tão importante?

A ultrassonografia morfológica é, sem dúvida, um dos exames mais importantes da medicina fetal. Ela é realizada, geralmente, no primeiro trimestre (entre 11 e 14 semanas) e no segundo trimestre (entre 20 e 24 semanas). Esse exame tem como principal objetivo avaliar a formação dos órgãos e estruturas do bebê.

Dra. Thaline Neves Coutinho
Dra. Thaline Neves Coutinho

Como expõe a Dra. Thaline Neves Coutinho, proprietária da Clínica View, a ultrassonografia morfológica permite detectar malformações congênitas, alterações no desenvolvimento e até riscos para síndromes genéticas. Ademais, ela também verifica a quantidade de líquido amniótico, o comprimento do colo do útero e o posicionamento da placenta. Assim, através desse exame, os médicos conseguem oferecer um diagnóstico mais preciso, planejar os cuidados necessários e, quando possível, intervir precocemente para garantir o melhor desfecho para a mãe e o bebê.

Exame de doppler: quando ele é indicado?

O doppler é um exame complementar que avalia o fluxo sanguíneo entre mãe, bebê e placenta. Segundo Thaline Neves Coutinho, ele é fundamental para verificar se o feto está recebendo a quantidade adequada de oxigênio e nutrientes durante a gestação. Inclusive, o doppler é especialmente indicado em situações de risco, como gestantes com hipertensão, diabetes, histórico de pré-eclâmpsia ou quando há suspeita de restrição de crescimento fetal. 

Isto posto, esse exame analisa as artérias uterinas, a artéria umbilical e outros vasos importantes para o desenvolvimento do bebê. Assim, com base nos resultados do doppler, o obstetra pode tomar decisões mais assertivas, como antecipar o parto, intensificar o acompanhamento ou indicar tratamentos que favoreçam o bem-estar fetal.

Outros exames fundamentais na medicina fetal

Todavia, além da ultrassonografia morfológica e do doppler, existem outros exames que fazem parte do protocolo de acompanhamento fetal, conforme pontua a Dra. Thaline Neves Coutinho. Eles são fundamentais para garantir uma avaliação completa da saúde do bebê.

Veja alguns deles:

  • Ultrassonografia de translucência nucal: realizada entre 11 e 14 semanas, avalia o risco de síndromes genéticas, como a síndrome de Down, e verifica possíveis malformações cardíacas precoces.
  • Ultrassonografia obstétrica de rotina: acompanha o crescimento fetal, a posição do bebê, quantidade de líquido amniótico e bem-estar geral durante toda a gestação.
  • Cardiotocografia: avalia a frequência cardíaca do bebê e se há sinais de sofrimento fetal, principalmente no final da gestação.
  • Exames laboratoriais específicos: testes como o DNA fetal no sangue materno ajudam a identificar alterações genéticas de forma não invasiva, com alta taxa de precisão.

Dessa maneira, esses exames complementares, quando indicados, ajudam a reforçar o diagnóstico e permitem que o acompanhamento da gestação seja feito de maneira mais segura e eficiente.

Cuidar da saúde fetal é essencial

Por fim, como você pôde perceber, os exames na medicina fetal são ferramentas indispensáveis para garantir uma gestação saudável e segura. Já que eles não apenas ajudam no diagnóstico de possíveis complicações, mas também oferecem informações valiosas sobre o desenvolvimento do bebê. Assim sendo, o acompanhamento adequado, a realização dos exames no período correto, são atitudes essenciais para prevenir problemas e assegurar que mãe e filho recebam os melhores cuidados possíveis.

Autor: Roman Lebedev

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