Dor na menstruação: quando pode ser endometriose?

Roman Lebedev
Roman Lebedev
A ginecologista Oluwatosin Tolulope Ajidahun explica quando a dor menstrual pode indicar endometriose.

A dor na menstruação é uma queixa comum entre as mulheres, mas segundo o médico especialista Oluwatosin Tolulope Ajidahun, é essencial saber distinguir as cólicas menstruais habituais da dor crônica que pode indicar endometriose. Essa condição ginecológica afeta milhões de mulheres em idade reprodutiva e, muitas vezes, passa despercebida por anos, comprometendo a qualidade de vida e a fertilidade. Reconhecer os sinais pode fazer toda a diferença para um diagnóstico precoce e tratamento adequado.

Neste artigo, abordaremos como identificar se a dor menstrual pode estar relacionada à endometriose, explicando os sintomas, as diferenças em relação às cólicas normais e os caminhos para obter ajuda médica especializada. 

Dor na menstruação: o que é considerado normal?

Cólicas menstruais são contrações do útero que ocorrem para expelir o endométrio, o revestimento interno do útero que se desprende a cada ciclo. Essa dor costuma surgir logo antes ou durante os primeiros dias da menstruação e, em geral, é controlada com analgésicos comuns e repouso. Ela pode variar de leve a moderada e tende a diminuir com o passar dos anos ou após a primeira gravidez.

No entanto, quando a dor é intensa, incapacitante e não responde bem a medicamentos, pode ser sinal de um problema mais sério. De acordo com o médico especialista Tosyn Lopes, a intensidade da dor, sua duração e a interferência nas atividades diárias são aspectos importantes para diferenciar as cólicas menstruais típicas de condições ginecológicas como a endometriose. Ignorar esses sinais pode atrasar o diagnóstico e agravar os sintomas.

Endometriose: como a dor se manifesta de forma diferente?

A endometriose é caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, como nos ovários, trompas ou até na bexiga. Esse tecido responde ao ciclo hormonal como se estivesse dentro do útero, causando inflamação e dor persistente. Diferente das cólicas comuns, a dor associada à endometriose pode surgir dias antes da menstruação, continuar durante todo o ciclo e se intensificar ao longo do tempo.

Tosyn Lopes esclarece os sinais que podem indicar endometriose em casos de dor menstrual persistente.
Tosyn Lopes esclarece os sinais que podem indicar endometriose em casos de dor menstrual persistente.

Além disso, é comum que a dor se irradie para as costas, pernas ou região pélvica, e que se manifeste em situações como a relação sexual, evacuação ou até ao urinar. Para o especialista Oluwatosin Tolulope Ajidahun, um dos principais indícios de endometriose é a dor crônica que afeta o bem-estar emocional e físico da paciente, exigindo avaliação médica criteriosa para confirmação do diagnóstico por exames de imagem ou videolaparoscopia.

Quando procurar um especialista para investigar endometriose?

Buscar ajuda médica é fundamental quando a dor menstrual se torna recorrente, intensa ou impede a realização das atividades diárias. Muitas mulheres convivem com o desconforto por anos acreditando ser normal, o que retarda o diagnóstico e dificulta o tratamento. Como indica o Dr. Oluwatosin Tolulope Ajidahun destaca que quanto mais cedo a endometriose for identificada, maiores são as chances de controle dos sintomas e preservação da fertilidade.

O ginecologista é o profissional indicado para investigar e acompanhar casos suspeitos de endometriose. Com exames clínicos, ultrassonografias específicas e avaliação do histórico menstrual da paciente, é possível iniciar o tratamento adequado, que pode incluir medicamentos hormonais, analgésicos e, em alguns casos, cirurgia. Como ressalta o médico, o acompanhamento contínuo é essencial para o manejo da doença e melhora significativa na qualidade de vida.

Em resumo, identificar quando a dor na menstruação pode ser endometriose é um passo importante para garantir o bem-estar e a saúde da mulher. Cólicas muito intensas, duradouras, e afetam a rotina não devem ser ignoradas. Como sugere o Dr. Oluwatosin Tolulope Ajidahun, o diálogo aberto com um especialista e o acompanhamento médico regular são fundamentais para diferenciar dores comuns daquelas que indicam problemas maiores. 

Autor: Roman Lebedev

Share This Article
Leave a comment

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *